segunda-feira, 1 de abril de 2013

Acordei: era Primeiro de Abril



Acordei: era Primeiro de Abril


Professor Nazareno*



Depois de dormir uma bela noite de sono sem nada para me incomodar, nenhum carapanã ou outra praga, sob uma brisa que soprava suavemente deixando a temperatura agradabilíssima, levanto-me e vou pegar o Interbairros para ir à escola trabalhar. Como de costume, o coletivo passa pelo ponto exatamente às 7 horas de uma linda manhã em Porto Velho. Sem muita gente na parada, nem pressa, o motorista e o cobrador, ambos com um largo sorriso peculiar, me cumprimentam alegremente. Encontro dentro do limpo, perfumado e asseado veículo pessoas bem humoradas e felizes conversando sobre coisas bucólicas do dia-a-dia. Da minha casa até o trabalho são 10 minutos apenas, mas o motorista insiste em fazer o percurso em meia hora ou mais só para que todos nós passageiros possamos nos deleitar com a idílica visão da cidade, seus parques, ruas floridas, seus belos monumentos, praças, árvores, fontes e reluzentes avenidas.
            O ônibus entra no Conjunto Marechal Rondon e a beleza do lugar logo nos contagia. Um lindo igarapé de águas cristalinas, que corta o bairro, nos enche a visão. A seguir, entramos no bairro 04 de Janeiro, depois Nova Porto Velho, Cemetron, viadutos e seguimos em direção à bucólica zona sul da cidade. Por todo o lindo trajeto veem-se pássaros, borboletas e animais de variadas espécies convivendo com os pacatos e risonhos moradores. No interior do circular, aproveito para colocar a conversa em dia. “Se Rondônia fosse um país independente, estaria entre os mais civilizados, seguros e organizados do mundo e sua linda capital teria um dos maiores IDH’s”, afirma um meu interlocutor. Claro que diante da obviedade, concordo com o mesmo. O aroma que exala das limpas ruas e avenidas desta Capital não nos deixa mentir. Não há como não se apaixonar por Porto Velho numa primeira olhada a partir de uma janela de coletivo.
            Falamos sobre a política e os políticos e argumentamos que os daqui são os mais honestos e trabalhadores do mundo. A Câmara de Vereadores da cidade, por exemplo, é um ambiente onde só se respira trabalho, honestidade e filantropia. Todos os vereadores são bonzinhos, probos e competentes. Na Assembleia Legislativa do Estado só se veem pessoas trabalhando em prol dos mais necessitados. Porto Velho e Rondônia devem muito a estas duas casas legislativas. Do Presidente do Poder Legislativo, um notório intelectual, até o mais humilde funcionário da ALE, todos estão empenhados em bem servir. “Os melhores políticos do mundo estão aqui.” No âmbito do Poder Executivo, falamos sobre a competência do atual Governador em trabalhar como um incansável homem do povo. Já na esfera do Executivo municipal, entendemos o apelo do novo Prefeito a São Pedro para que “chova um pouco menos, assim se trabalha mais”.
            “A nossa Justiça é o máximo”, continua o meu amigo. Então, entendo o porquê de os poucos e raríssimos ladrões do dinheiro público de Rondônia terem sido exemplarmente punidos, foram todos presos e ainda tiveram que devolver o produto do roubo aos cofres públicos. “Não há lugar no mundo como esta Rondônia”, nisso todos concordamos. Educação pública de qualidade, saúde sempre em primeiro lugar, Justiça eficiente, hospitais de Primeiro Mundo, saneamento básico, limpeza total, boa rede de esgotos, arborização ampla, serviços de transportes públicos de fazer inveja a Milão, Paris ou Genebra, governantes que não admitem corrupção nem desmandos, qualidade de vida altíssima em todos os 52 municípios, segurança pública impecável, políticos, inclusive os considerados de esquerda, sempre honestos e honrados, paz, alegria e felicidades para todos. Deve ser por isso que em Rondônia, o dinheiro público é sempre empregado de forma eficiente para toda a comunidade que dele precisa. Nesse ínterim, o ônibus dá uma brusca freada e no solavanco, acontece o inevitável: desperto.



*É Professor em Porto Velho.

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